O Brasil possui uma das legislações tributárias mais complexa e burocrática do mundo. O empresário brasileiro gasta em média 1.500 horas anuais só para cumprir as obrigações tributárias. Enquanto em países desenvolvidos, essa média é de 200 horas. O cidadão brasileiro trabalha em média 149 dias por ano e compromete 40,82% dos seus rendimentos para pagar tributos ao governo. Essa elevada carga tributária coloca o país na 14ª posição no ranking de países com maiores tributações no mundo, só perdendo para países europeus, que possuem altos Índices de Desenvolvimento Humano – IDH.
Ademais, o Brasil possui um sistema tributário injusto, pois
as maiores alíquotas incidem sobre bens de consumo, como energia elétrica e
combustíveis. Assim, quem ganha menos, proporcionalmente, paga mais. Além
disso, não há transparência, uma vez que o brasileiro comum dificilmente tem
noção do quanto pagar de tributos na compra de determinados bens e serviços.
Para completar o dilema, o país entrega serviços públicos de
péssima qualidade. Na educação, sempre ocupou as últimas posições no exame
PISA, que mede a educação mundial. Na saúde, apesar de possuir um sistema de
acesso universal, o SUS, ainda enfrenta graves problemas, como falta de leitos,
longas filas para atendimentos especializados, má gestão financeira, entre
outros. Na segurança pública, o país está constantemente nas primeiras posições
de mortes violentas, ultrapassando a incrível marca de 60.000 homicídios em
anos recentes.
Dessa forma, o Brasil tributa muito, dificulta a vida do
empresário, encarece produtos e serviços e entrega péssimos serviços públicos.
O primeiro passo, é fazer uma reforma tributária para reduzir a quantidade de
tributos, simplificar o sistema, torná-lo mais transparente e fazer justiça
social.
Júnior Guedes
Engenheiro de Produção Mecânica
Esp. Em Logística Empresarial
Esp. Em Educação Profissional e
Tecnológica
Mestre em Planejamento e Políticas Públicas
Professor do IFCE
E-mail:
juniorguedes@juniorguedes.com
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