O Ministério do Desenvolvimento Regional e o vice-presidente Hamilton Mourão têm proposta técnica de empresa nordestina que garante operação e manutenção do projeto sem onerar o poder público.
Esta coluna volta a abordar a questão do Projeto São Francisco de Integração de Bacias, cujo principal problema continua sendo o alto custo de sua operação e manutenção (só com energia elétrica, estimam-se gastos anuais de R$ 300 milhões).
O Ceará, mantendo o protagonismo, mobiliza sua elite empresarial da agropecuária e da indústria no sentido de apresentar ao Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) propostas de alternativas que viabilizem o funcionamento do projeto.
Ontem, uma fonte desta coluna transmitiu uma mensagem, na qual informa que a cúpula do MDR e, também, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, estão de posse, há alguns meses, de uma proposta técnica que “desonera o Poder Público, nas três esferas de governo, de qualquer subsídio para a operação e manutenção do Projeto S. Francisco, que, do jeito que vai, caminha para transformar-se em mais um enorme elefante branco”.
O remetente da mensagem é contundente ao concluir assim a sua mensagem:
“A pergunta persiste: qual é o interesse político ‘rasteiro’ que impede o avanço dessa solução com a iniciativa privada?”
O signatário da mensagem é um empresário nordestino que está, pessoalmente e com sua empresa, envolvido nas tratativas para viabilizar a operação e manutenção do Projeto S. Francisco sem o uso de dinheiro público.
Como toda esmola grande levanta a suspeita do cego, empresários cearenses, que se preocupam com o êxito do Projeto S. Francisco, querem saber como será possível operar e manter o projeto sem o uso de recursos públicos.
Por enquanto, há uma pergunta sem resposta: quanto custará a água para o consumidor final – pessoa física e jurídica – do Projeto S. Francisco?
Egidio Serpa (DN).
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